Ô pedacinho de chão Trago tantas marcas E o sonho nas mãos
Pra fugir da miséria
Caminhei muitas léguas
Por esse mundão
Foram dias cansados
Com os pés inchados
De tanto andar
Em fileiras marchamos
Por cidades passamos
Não esqueço jamais
Na beira de uma estrada
Sofremos lutamos
Mas não foi em vão
Mas não foi em vão
Ô pedacinho de chão
Trago tantas marcas
E o sonho nas mãos
Tenho os olhos voltados
Para um mundo novo
Que haverá de nascer
Das lutas do povo
Pra acabar de vez
Com a exclusão social
Com um projeto de vida
Tendo o ser humano
Em primeiro lugar
Na beira de uma estrada
Sofrendo, lutando
Mas não será em vão
Mas não será em vão.
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