Conceito desenvolvido por Bernardo M. Fernandes no contexto do MST. "Territorialização da luta pela terra é o processo de conquista da terra. Cada assentamento conquistado é uma fração do território, onde os sem-terra vão constituir uma nova comunidade. 0 assentamento é um território dos sem-terra. A luta pela terra leva à territorializacão porque com a conquista de um assentamento abrem-se as perspectivas para a conquista de um novo assentamento. Cada assentamento é uma fração do território conquistado e a esse conjunto de conquistas chamamos territorialização. Assim, a cada assentamento que o MST conquista, ele se territorializa. E é exatamente isto que diferencia o MST dos outros movimentos sociais. Quando a luta acaba na conquista da terra, não existe territorialização. É o que acontece com a maior parte dos movimentos que lutam pela terra. A estes chamamos de movimentos isolados, porque começam a luta pela terra e param a luta na conquista da terra. Os sem-terra organizados no MST, ao conquistarem a terra, vislumbram sempre urna nova conquista e por essa razão o MST é um movimento socioterritorial" (Fernandes, Bernardo Mançano e Stedile, João Pedro. Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1999, nota 5, p. 78). |